“Minha vizinha tem 6 cachorros que ficam uivando e latindo a madrugada inteira e eu não consigo dormir”. Essa é uma situação real e uma das principais polêmicas de um condomínio, os animais. Esse tipo de acontecimento faz com que muitos moradores percam a cabeça. De um lado defende-se o bem-estar dos moradores, do outro, o direito de ter animais de estimação.
Muitas vezes a briga se torna feia e a reclamação passa a ser geral, chegando inclusive aos prédios vizinhos. O excesso de latido e odor forte são as principais causas de reclamações. Do ponto de vista legal nada proíbe de se ter animais de estimação. Dentro do condomínio só poderá ser questionada a presença do animal caso ela traga algum perigo a saúde e segurança aos demais moradores. Normalmente o que se propõe no regimento é animais sendo conduzidos por guia, usarem fucinheira, restrições no uso do elevador e entrada pela garagem, mas isso vai depender de cada local.
Falando de cães
Segundo Malu Araújo, adestradora da equipe Cão Cidadão o latido é a forma do cão se expressar e o que provoca isso podem ser várias coisas. O excesso é prejudicial a todos, inclusive o cachorro. Algumas raças tem o hábito de latir mais, porém latir em demasiado não é normal. Ela indica que os donos procurem consultar um veterinário para saber o motivo para que se descarte qualquer problema de saúde. Descartada essa possibilidade precisa-se verificar a causa comportamental.
Veja as dicas da adestradora!
- Alguns cães aprendem a latir para chamar a atenção. Por exemplo, quando a família está comendo na mesa e o cachorro começa a latir, alguém joga um pedaço de comida. Pronto, o cachorro foi recompensado por latir. A melhor forma de lidar com cães com esse tipo de comportamento é sempre recompensar o cachorro por esperar, antes que ele comece a latir. Elogie e ofereça um petisco. Se ele latir, ignore, vire para outro lado.
- Outros cães latem muito para visitas. Nesse caso, o cachorro pode latir porque é um pouco medroso e late para tentar afastar essa “ameaça”. Cães que agem dessa forma devem entender que as visitas são bacanas, para isso, sempre que uma pessoa diferente for visitá-lo, faça uma associação positiva. Esteja preparado para que, antes de abrir a porta para que a pessoa entre, oferecer ao cachorro um petisco. Peça para o convidado entrar e, se for uma pessoa que gosta de cães e que gostaria de participar do treino, ela própria pode oferecer um petisco.
Avaliando estes dois exemplos fica claro que quem decide ter um animalzinho de estimação é o responsável por ele e precisa estar disposto a ter tempo e dedicação no cuidado, e principalmente paciência na hora de receber as reclamações.
Segundo o síndico Odilanir Macedo muitos moradores deixam a sacada aberta e o cãozinho acaba tendo acesso a parte externa e ao barulho que vem da rua, provocando estresse no cachorro e latidos constantes. “É preciso observar o comportamento do animalzinho e falar com os vizinhos para saber como ele se comporta quando você não está, é muito saudável ter um bicho de estimação, porém é preciso bom senso nestas horas pois os direitos devem ser iguais para todos”, disse o síndico.