Quando se fala do jardim encontramos muitas dicas do que fazer, mas muito poucas dos erros que não devemos cometer ou que devemos evitar. Erros custam dinheiro e dinheiro é sempre um tema delicado quando se trata de paisagismo, mais ainda quando o jardim é num condomínio e tem vários donos.
Para o post deste mês, escolhi algumas imagens de jardins da capital paulista. O primeiro ponto que deve merecer nossa atenção é o modelo de jardim, menos pelo estilo, que deve manter uma relação estreita com o entorno e com o próprio projeto de arquitetura, mas principalmente pelo que representará de manutenção, de custo e o resultado que apresentará a médio prazo. Mas o que mais pesa é a seleção da vegetação, a planta errada no lugar errado é problema na certa. Por isso, segue mais atual que nunca a máxima: “Planta correta no lugar certo.” Um bom projeto resolve isso e nós evita muitas dores de cabeça.
Plantas grandes demais para espaços pequenos exigem mais poda que além de comprometer o desenvolvimento das plantas, representam um custo significativo na manutenção do jardim e quase sempre acabam na deformação das plantas. Plantas de sol plantadas na sombra, plantas de sombra no sol ou plantas de clima seco em áreas úmidas são problemas muito mais comuns do que podemos imaginar.
Os responsáveis pelo jardim sejam eles síndicos, proprietários ou locatários não entendem que depois de contratar “profissionais” ainda tenham que enfrentar problemas ocasionados por erros que não deveriam acontecer. É bom lembrar que nem todos os profissionais tem formação, conhecimento e a experiencia necessária. Por isso, é bom se informar muito bem antes de contratar e lembrar que o que pode parecer uma boa economia no primeiro momento, muitas vezes se converte num custo maior quando o jardim precisa ser refeito ou recuperado.
Como exemplo imagens de jardins e áreas verdes que apresentam problemas por um projeto deficiente, por má manutenção ou por falta de um bom profissional.
Pisos de paver e grama juntos não são uma boa solução. Em geral a manutenção tem um custo significativo e a tendência é a grama acabar invadindo todo o passeio. Pisos de concreto ou bem assentados sobre una base e uma sub-base adequadas são uma solução melhor, além de serem mais acessíveis que o paver.
Plantas de folhas compridas e porte largo, quando plantadas perto de caminhos e passeios exigem podas constantes para evitar que as folhas atrapalhem a passagem de pedestres. Escolher as plantas certas para cada local é o trabalho e a responsabilidade do paisagista.
Plantas que precisem de podas constantes terão um custo maior de manutenção. No caso da imagem o ideal teria sido escolher uma planta de porte maior e manter a planta de forma que cubrisse todo o muro. Não há proporção entre a área a cobrir com a vegetação e o tamanho e formato como o jardineiro esta podando a planta.
Plantas que sejam constantemente podadas dificilmente florescerão e o jardim será menos atrativo.
Cada planta precisa de espaço para crescer e se desenvolver adequadamente. Plantar perto demais ou misturar plantas de portes, formatos ou com necessidades diferentes dificultará a manutenção e o resultado final será um jardim com mais plantas das necessárias, com um custo maior e que exigirá mais mão de obra. Conhecer cada planta, seu desenvolvimento e suas necessidades é imprescindível para ter um bom jardim.