Você já ouviu o termo, “a vida te ensina”?
Será que as coisas são divididas entre o que pode ser ensinado e o que não pode? Em que momento devemos ensinar aos nossos pequenos habilidades que todo adulto precisa saber? Isso cabe à escola ou à família?
Segundo dados da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), 65% das crianças terão empregos que ainda não existem, será que o currículo brasileiro está preparando as crianças para esse cenário? Ou, um passo anterior, para existirem e sobreviverem às demandas da vida? Posto que as habilidades de vida estão intimamente ligadas a sentimentos de satisfação, leveza e planejamento dos futuros adultos, é essencial que tenhamos um olhar atento à forma de ensino-aprendizagem ligada a elas.
Então, mãos na massa!
Por esse motivo, é importante que os pais, juntamente com a escola, incentivem seus filhos a participar das atividades da vida, pois ao fazê-las os benefícios são inegáveis. Quanto maiores e melhores as relações que a criança fizer entre os conceitos dos campos de conhecimento e a prática, mais conexões voltadas à resolução de problema a criança terá.
Resolução de problema é a habilidade-chave para quaisquer profissões que apareçam futuramente. Pois praticamente todas as atividades exigem essa habilidade em algum nível.
Andrea Moore, professora americana, implementou uma matéria inovadora para alunos entre sete e doze anos, a disciplina chama-se “Família, Ciências do Consumo e Saúde”. Tal disciplina aborda temas desde a alimentação e o desenvolvimento humano até a química e como utilizá-la para limpar a casa e preparar uma refeição saudável. Em seu podcast, Andrea conta que já ensinou um aluno a quebrar um ovo. Engraçado pensar que, perante o cotidiano, não adianta saber tudo sobre história se você não conseguir quebrar um ovo!
Assim, é vital que seu filho esteja envolvido, em algum nível, em experiências como arrumar a casa, cozinha, fazer mercado, lidar com dinheiro, consertar as coisas, organizar os espaços, entender um basicão de política, pobreza e sociedade. Para conseguir arquitetar ideias que transitam entre as diferentes vivências. Afinal, no fim das contas, essa articulação e conexão é fundamental para a construção do pensamento crítico e, consequentemente, para a plenitude humana.
E aí na sua casa? Você ensina as habilidades de vida básicas para o seu pequeno?