O Brasileiro tem convivido com um grande problema. Em torno de 50% das famílias possuem algum tipo de dívida financeira, o que pode significar sofrimento, perda do sono, angústia, estresse e a maior chance de conflitos.
O endividamento pode ocorrer com qualquer trabalhador, ainda mais na situação atual do nosso país. Temos um custo de vida alto, um índice de desemprego elevado, um sentimento de dúvida com o amanhã por parte do empresariado e os acontecimentos políticos que nos requerem muita paciência e sabedoria.
O que fazer? Como resolver? Algumas dicas podem ajudar quem está passando por esta situação e anda preocupado.
Minha primeira sugestão é: levante a cabeça e volte a olhar para a frente. Chega de olhar para o problema, a partir de agora vamos olhar para as soluções. Elas existem e podemos ir ao encontro delas.
Tenho a oportunidade, como psicólogo, de trabalhar numa área da Justiça que faz parceria com o setor da Conciliação e da Mediação. Casos de guarda dos filhos, pensão alimentícia entre outras, são resolvidas por lá. E, o que vejo? Todos os que tem boa vontade para sentar, conversar e buscar uma solução, encontram.
Caso você esteja inadimplente com o condomínio, por exemplo, chame o seu síndico, proponha um diálogo e verifique a oportunidade de negociar isso o mais rápido possível. Vivemos nesse tempo e podemos olhar para o outro, explicar nossa situação e propor uma negociação. Nada melhor do que saber que estamos fazendo o nosso melhor e RESOLVENDO a nossa vida da forma que podemos agora.
Mantenha a sua consciência e cuidado com as automedicações. Neste momento costumamos ficar mais inquietos e desgastados mentalmente. Procure soluções verdadeiras: desabafe com os amigos, esteja num lugar mais tranquilo. Fazer uma boa caminhada com uma boa companhia também é saudável. Pensamentos pessimistas, palavras pessimistas, gestos pessimistas, podem lhe ajudar? Jamais. Portanto, abra mão do que é negativo, aprenda a pensar positivo mesmo em situações mais difíceis. Você é capaz. Comece agora!
Aproveito para comentar que as dívidas materiais, por vezes, se misturam a sensação de dívida emocional. Por exemplo, algumas mães que se sentem endividadas mesmo tendo dado o melhor do seu amor aos seus filhos: ‘eu poderia ter feito melhor’. Também os pais quando passam muito tempo longe de casa, atrás de condições financeiras para pagar a escola, a locomoção, a alimentação e tantos outros cuidados e mesmo assim dizem: ‘será que eu estou dando tudo o que posso para o meu filho e milha filha’?
As soluções para as supostas dívidas emocionais é a mesma: se dê tempo para sentar e conversar, aprenda a negociar as suas emoções. Tenha conversas mais longas e mais íntimas. Bobagem quem diz que guardar os sentimentos preserva a família. Não há nenhuma pesquisa nesse sentido. O melhor é compartilhar a sua humanidade, pedir ajuda, oferecer ajuda.
Guardar sentimentos e sensações provoca gastrite, insônia, problemas cardíacos, crises de ansiedade, pânico e depressão.
Minha sugestão final: caso você tenha se afastado do seu otimismo volte a confiar na vida e em você mesmo na sua vida. Respire fundo, respire a sua força e, se o Brasil está passando por um momento mais difícil, se você mesmo também está passando por um momento mais trabalhoso, ainda assim, olhe para o presente e resolva as primeiras coisas. Faça a sua agenda (quem sabe tente resolver uma questão por semana). Busque primeiro as soluções simples, passo a passo.
Lembre-se: Você é capaz. Você tem dignidade. Você já passou por momentos difíceis em outros momentos e encontrou uma solução. Será assim novamente. Faça isso por você!
Até o próximo encontro.