Você tem ojeriza à política? Já se questionou por que desse desgosto pela política? Todos têm um cardápio de respostas, entretanto, quando alguém pergunta “o que é política?” a resposta perpassa definições distanciadas do que a Ciência Política ensina. Por essa razão, convido-os a examinar se a sua compreensão do que é política encontra alinhamento com os conceitos a seguir.
A política é inerente ao ser humano, ou seja, faz parte dele, não há como excluir a mesma da essência do humano; política é sinônimo de liberdade, compreendida como a capacidade do humano de usar seu livre-arbítrio para decidir e agir (não confundindo com a tendência generalizada de acreditar que se é livre quando se faz o que se quer); política organiza e regula o convívio entre seres humanos diferentes; a política não é ideologia ou partido, é sim a capacidade do homem de pensar, analisar, refletir, decidir e agir; a política não nasce no homem e, sim, “entre os homens” a partir da convergência de interesses e objetivos comuns compartilhados livre e espontaneamente.
Alinhados ou não com esses conceitos e, apesar de não gostar, a política existe em cada um de nós. A política surge à revelia de querer ou desejar, porque somos plurais, vivemos entre homens e, quando agimos na dimensão pública, aparecemos para os outros, revelamos quem somos, confirmamos nossa identidade e mostramos a autoimagem que temos de si mesmos.
Portanto, a política não é ação de um homem só, é uma ação em conjunto, um acordo entre iguais porque mesmo que tenha sido “somente um” que a iniciou, necessita dos “outros” para concluí-la.