A saúde mental ganhou um lugar de destaque no período pós-pandemia. Estima-se que mais de 26% da população tenha um diagnóstico do transtorno de ansiedade, enquanto 45% da população afirma experimentar algum grau de ansiedade (OMS, 2023).
O bem-estar emocional reflete tudo aquilo que vivenciamos: as interações sociais, o tratamento dos amigos, parentes e da sociedade, além da percepção do indivíduo sobre si e como gerencia seus sentimentos.
Os transtornos emocionais são, em sua maioria, silenciosos. Falar sobre esse tema é essencial para dar voz aqueles que sofrem com os sintomas e orientar quem ainda não reconheceu os sinais de alerta, nem sabem como obter ajuda.
A saúde mental do povo brasileiro
No Brasil, a preocupação com a saúde mental cresceu consideravelmente na última década, com estatísticas preocupantes sobre ansiedade, depressão e outros transtornos emocionais, especialmente no mundo pós-pandemia.
Um relatório publicado pelo IPq (Instituto de Psiquiatria) em 2024 revelou que houveram mais de 470 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais no último ano — um aumento de 68% em relação ao estudo publicado em 2023!
A seguir, conheça os transtornos emocionais que mais afetam a saúde dos brasileiros.
Ansiedade
O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), no entanto, é uma condição muito mais complexa. Enquanto a ansiedade comum permite lidar com situações desafiadoras visando a segurança pessoal, o TAG causa uma preocupação excessiva e em níveis desproporcionais ao problema.
Os pacientes diagnosticados com TAG podem apresentar medos exagerados, sensação de desastre iminente, episódios de falta de ar, problemas gastrointestinais e complicações de doenças musculares como a fibromialgia.
Burnout
A Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, é caracterizada pela exaustão física e mental extrema relacionada ao trabalho desgastante.
Profissões que demandam muita competitividade, responsabilidade ou pressão constante, como medicina, educação, segurança e jornalismo são frequentemente relacionadas ao Burnout.
É comum sentir sensação de cansaço físico e mental, dificuldade de concentração, dores musculares, insônia, alteração no apetite, oscilação de humor, desesperança, raiva intensa, negatividade constante e outros sintomas.
No Brasil, a Lei 14.831/24 criou o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, complementando a NR-1 sobre Gerenciamento de Riscos Ocupacionais e incluindo a prevenção do esgotamento profissional na gestão de saúde e segurança do trabalho.
Estresse crônico
O estresse é uma reação natural quando o corpo se sente ameaçado. Durante uma situação estressante, a boca fica seca, o coração acelera e ficamos irritados, mas todos esses sentimentos são pontuais e passageiros e, portanto, são saudáveis.
O estágio de estresse crônico, porém, é considerado um fator de risco porque o corpo produz mais cortisol, conhecido como “hormônio do estresse”.
A curto prazo, o cortisol prejudica a concentração, memória, humor e qualidade de sono. Se o estresse não for controlado, pode desencadear quadros de insônia, ganho de peso, fadiga, pressão alta, diabete tipo 2 e até problemas cardiovasculares.
Depressão
A depressão é uma doença crônica com várias versões: atípica, psicótica, bipolar ou sazonal (relacionada às estações do ano).
Ela é frequentemente associada a uma sensação de tristeza profunda, humor apático, dificuldade para sentir prazer ou alegria, indisposição, insônia, mudanças de hábitos alimentares, dores e sintomas que não parecem ter relação com a doença, como a sensação de mal-estar, cansaço, irritações digestivas, etc.

Sinais de alerta da saúde mental para síndicos
Síndico, você sabe qual é o momento certo de buscar ajuda? A maioria das pessoas não sabe e só busca apoio quando os sintomas já não podem ser disfarçados.
Atenção aos sinais de desconforto emocional intenso. Perder o controle, sentir sintomas físicos que não têm relação com outras doenças, alterações de humor, tristeza profunda e vontade de viver isolado são sinais de que a sua saúde mental precisa de cuidado.
Fatores que podem prejudicar a saúde emocional
Não é possível apontar um único trauma que cause todos os problemas na vida de uma pessoa, mas algumas queixas são mais recorrentes entre jovens e adultos brasileiros. Por exemplo:
- Problemas no trabalho e dificuldades financeiras;
- Processos complexos e desorganizados;
- Conflitos interpessoais e falta de convivência harmoniosa;
- Uso excessivo de redes sociais e tecnologia;
- Estigmas sobre saúde mental e falta de informação adequada.
Assim como uma ferida precisa de medicamentos para cicatrizar, os problemas emocionais precisam do cuidado apropriado para controlar sintomas e amenizar a dor.
Profissionais da saúde mental que podem ajudar
Os estudos e cuidados com a saúde mental foram ampliados nas últimas décadas, e o debate ganhou maior relevância após a pandemia de Covid-19. Existem vários especialistas engajados nesta causa, como:
- Psicólogos: graduados em psicologia e capacitados para diagnosticar transtornos mentais, realizar psicoterapia, ajudando indivíduos a lidar com problemas emocionais e comportamentais;
- Psiquiatras: graduados em psiquiatria e capacitados para diagnosticar transtornos e prescrever medicamentos para tratar a saúde mental quimicamente;
- Enfermeiros: graduados em enfermagem com especialização em saúde mental estão capacitados para orientar pacientes, oferecer suporte emocional, administrar medicamentos sob orientação de um psiquiatra e atuar em programas de reabilitação;
- Assistentes sociais: graduados em serviço social estão capacitados para oferecer orientação sobre questões sociais e familiares que agravam a saúde mental do paciente, encaminhando aos serviços de apoio especializado;
- Outros profissionais: terapeutas ocupacionais, pedagogos, fonoaudiólogos, nutricionistas e outros especialistas complementam os tratamentos para maior sucesso da reabilitação. Advogado também podem prestar apoio para solucionar questões sobre burnout e outros direitos do trabalhador baseado na Lei.
Se ainda não sabe qual profissional procurar, comece conversando com um clínico geral para um acolhimento inicial.
Existem iniciativas públicas e privadas que podem ajudar, como o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e o CVV (Central de Valorização da Vida — Disque 188).
Como condomínios podem promover a saúde mental?
Quem diz que a saúde mental só importa aos médicos e pacientes está muito enganado, já que a qualidade de vida e bem-estar dos moradores influência o relacionamento e o convívio social.
O conselho consultivo pode se reunir para promover campanhas de conscientização como o Setembro Amarelo no condomínio, reforçar os sinais de alerta dos transtornos emocionais e incentivar uma cultura de apoio e acolhimento entre moradores.

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Referências:
- Brasil ocupa alarmante papel de destaque na atual epidemia global de ansiedade | VEJA
- Crise de saúde mental: Brasil tem maior número de afastamentos por ansiedade e depressão em 10 anos – Instituto de Psiquiatria – IPq
- Saúde de A a Z — Ministério da Saúde
- Quando procurar ajuda de um especialista para cuidar da saúde mental?